A Universidade Federal Fluminense acaba de lançar o projeto acadêmico mais diferentão de 2017 (e quiçá da história recente): o Museu de Memes.
O acervo virtual lista clássicos instantâneos como John Travolta em Pulp Fiction, o forninho de Geovanna (sim, o nome dela é com “e”) e até o esquecido Harlem Shake.
Parece piada, mas não é. Há um artigo sobre cada um dos memes que já estão na base de dados.
Gráficos com a curva de popularidade de cada viral são acompanhados de uma lista de aplicações e exemplos notáveis, curiosidades sobre as personagens envolvidas e até menções a órgãos públicos que tentaram entrar na brincadeira e pagaram de tiozão.
Já acabou, Jéssica, ou você quer mais?
Além da lista em si, há entrevistas com administradores de páginas famosas e artigos em que se discute a viabilidade, o objetivo e a legitimidade de tocar o projeto. Em uma análise sobre a eficácia de protestos virtuais como os vomitaços, pesquisadores discutem a internet como espaço público, e questionam se manifestações de corpo presente são mesmo mais eficientes que um belo flood nos comentários.
Em um papo com o Dinofauvo Fanho, você descobre muito sobre a fauna dinofáurica da web. E há até um texto que responde a primeira pergunta que vem à cabeça de todo mundo: para que serve, afinal, uma coleção dessas?
O acervo, como a Wikipedia, é colaborativo e aceita “doações”, então é só escolher seu meme favorito e testar suas habilidade de enciclopedista do humor no século 21 a grávida de Taubaté ainda não tinha um artigo até a publicação desta nota, quem se habilita? Por trás do humor há bastante jargão acadêmico, e constatações sábias sobre a amnésia coletiva contemporânea e o meme como uma piada que depende de seu contexto e não pode ser entendida fora dele.
Só tome cuidado: o site é magnético, armadilha para procrastinadores natos.
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