Em diversos lugares do mundo, os bancos de sangue sofrem com a escassez de doadores. Com o avanço nas tecnologias da biomedicina, muita gente deve se perguntar se não é possível criar sangue artificial em laboratório, e até então a resposta era “não”. Isso porque os cientistas nunca haviam sido capazes de fazer glóbulos vermelhos se reproduzirem em uma quantidade considerável. Até então, com a ajuda de células-tronco, os glóbulos vermelhos eram replicados, mas não conseguiam se multiplicar em grande escala em laboratório, o que impedia qualquer intenção de usá-los com eficácia em um transplante médico.
Essas células produzidas artificialmente só produziam outras 50 mil delas e morriam muito rapidamente, sem permitir que grandes quantidades fossem obtidas; afinal, 50 mil células é uma quantidade extremamente baixa para ser considerada. Acontece que pesquisadores britânicos teriam conseguido produzir sangue artificial em grandes quantidades na Universidade de Bristol. Para isso, armazenaram glóbulos vermelhos prematuros, “imortalizados”, que possuem uma capacidade de reprodução quase ilimitada.
O próximo desafio é reproduzir esse processo de maneira comercial. Já se sabe que isso vai custar caro; mais caro, certamente, do que as transfusões normais, com sangue dos doadores, o que dá a entender que o processo só deve ser utilizado em ocasiões muito específicas, para pessoas que possuam tipos de sangue mais raro, por exemplo.
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