Os Estados Unidos bombardearam uma base aérea na Síria em resposta ao suposto ataque químico atribuído ao ditador Bashar al-Assad e o presidente Donald Trump pediu às “nações civilizadas” uma ação para deter o massacre no país.
Durante a noite de quinta-feira, navios americanos no Mediterrâneo lançaram 59 mísseis de cruzeiro “Tomahawk” contra a base aérea de Al-Shayrat, na região central da Síria, informou o Pentágono. Esta “flagrante agressão” deixou seis mortos, feridos e importantes danos materiais, anunciou o exército sírio, sem revelar se as vítimas eram militares ou civis. De acordo com o diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, o aeroporto “foi quase totalmente destruído: os aviões, a pista, o depósito de combustível e o edifício da defesa aérea foram pulverizados”.
Um bombardeio atribuído ao exército sírio na terça-feira contra a cidade de Khan Sheikhun (noroeste) deixou pelo menos 86 mortos, incluindo 27 crianças, e provocou indignação internacional. As imagens das vítimas agonizantes comoveram o mundo. O serviço secreto americano estabeleceu que os aviões que executaram o ataque decolaram da base de Al-Shayrat, conhecida como um local de armazenamento de armas químicas antes de 2013, segundo o Pentágono.
Com o semblante sério, o presidente Trump afirmou que os Estados Unidos são “sinônimo de justiça” e pediu às “nações civilizadas” que interrompam o banho de sangue na Síria. O país está devastado por uma guerra que deixou 320.000 mortos desde março de 2011, além de ter provocado a fuga de milhões de pessoas e a crise humanitária mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. Fontes do governo americano não informaram se novos ataques estão previstos, mas indicaram que a resposta de Washington é “proporcional”. Em dificuldade há vários meses ante o regime, a coalizão da oposição política síria saudou a operação americana.
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